De Barcelona vem um dia,
com passos de esperança
de tudo alcançar,
sonho de criança que queria,
exteriorizar através da dança,
o talento do povo do seu lugar.
Bailarina, Bailarina,
de expressões quentes
passos sensuais ferventes,
num corpo de menina.
A energia do flamengo domina
em tom enérgico e magoado,
fazendo transpirar
seu corpo de menina,
que num passo ensaiado,
lançava sorrisos no dançar.
Seu espírito crescia
mal um palco pisava,
no rosto sustinha a simpatia
fazia da noite magia,
e a ela se entregava,
cavando o sustento do dia.
Bailarina, Bailarina,
sua pátria na lembrança
onde um dia foi criança
num corpo de menina.
No palco da vida a ternura,
cavou com ansiedade
e dentro de uma dança fecundada,
em compasso de vida dura,
gastou sua mocidade
pisando aquela dura estrada.
Bailarina, Menina, Bailarina