Algo me pressiona p’ra ti
como o vento a areia
naquela praia deserta
onde nos desnudamos
e nos entregamos
no turbilhão
de uma emoção
aonde em tempos vivi,
fomos companheiros do vento
que penteia
brandas dunas douradas
qual reflexo das ondas
do teu cabelo
onde mergulho de encanto
qual sereia, qual espanto
pois aí seco o meu pranto,
aí me dou me entrego
sem medo nem credo
só saboreando
todos os momentos
doces nobres encantamentos
hoje saudosos tormentos
quando em sonho me deito
e sobre o teu peito
me deleito
me vou espraiar
rasgado as ondas de areia
mergulhando naquele imensidão,
que tenho de te gostar
porque tu,
tu, não me sais da ideia